Os olhos vermelhos feito carmesim não querem nem se abrir nesse momento. Rosto abafado no travesseiro já molhado das lágrimas de algum tempo atrás. Jeans amarrotando, ainda no corpo coberto por um edredom fino, que mal consegue deter o frio. Os pensamentos correndo sem direção; correndo talvez a buscar uma, mas tudo é muito confuso e volúvel a ponto de o caminho certo levar ao lugar errado. Olha outra vez desconsolado pra porta aberta do quarto, repetindo outra vez as mesmas perguntas de minutos atrás. A única pergunta de minutos atrás... Quando é que alguém vai passar por essa porta e preencher esse buraco no meu peito? Eu mereço!
As tardes regadas a sexo trazem as mesmas noites; solitárias, vazias e deprimidas. São as noites em que só a noite escuta o seu choro e que fazem a manhã seguinte parecer tão distante.
Ele já não liga mais pra dor nem pros problemas que o amor pode lhe trazer. O desejo é de ter alguém; ser de alguém; precisar de alguém; chorar por alguém; Sorrir por alguém.
Sorriso esse que, tolo, só sabe dar lugar ao pranto de alguém que já não sabe mais amar.